Comunicação

Educar - Desafios e Possibilidades

 

Educar - Desafios e Possibilidades

por Lúcia Oliveira*

 

Me deparei há algum tempo com um texto de Rubem Alves falando sobre a Arte de Educar. E se existe algo que normalmente as pessoas concordam é sobre o grande desafio que envolve esse processo. A Escola Interamérica, ciente de sua responsabilidade enquanto parceira da família e da sociedade, se sente também diariamente desafiada a estudar, aprimorar e qualificar cada vez mais o seu trabalho pedagógico.

Sendo assim, acredito que estamos todos aqui na Escola Interamérica pais, colaboradores e estudantes, envolvidos nessa missão de educar e educar-se. Portanto, neste complexo processo, Rubem Alves nos convida a refletir que “a educação se divide em duas partes: educação das habilidades e educação das sensibilidades. Sem a Educação das Sensibilidades, todas as habilidades não fazem sentido. Os conhecimentos nos dão meios para viver. A sabedoria nos dá razões para viver”.

É interessante, então, pensar o quanto os projetos pedagógicos imbuídos dos conflitos e situações reais enriquecem o olhar dos nossos estudantes. Também vale ressaltar o quanto a integração entre todos os saberes se faz importante para formar um aluno crítico, mas também consciente para que ele atue no mundo de forma sensível.

Rubem Alves ainda completa que “as palavras só têm sentido se nos ajudam a ver o mundo melhor. Aprendemos palavras para melhorar os olhos. Há muitas pessoas de visão perfeita que nada veem… O ato de ver não é coisa natural. Precisa ser aprendido. Quando a gente abre os olhos, abrem-se as janelas do corpo e o mundo aparece refletido dentro da gente”.

Nesse sentido vamos percorrendo junto aos nossos estudantes caminhos ainda desconhecidos por eles, habilidades a serem apreendidas, mas sempre com enfoque no protagonismo. Optamos por promover perguntas desafiadoras que lhes apurem o olhar, lhes instiguem a querer conhecer e descobrir.

Quando afirmamos que a Escola Interamérica Ensina a Descobrir é também porque nos permitimos reinventar e redescobrir um novo jeito de ensinar e aprender que é construído juntamente com nossos estudantes.

Sejamos parceiros e artistas nesse aprendizado que vai além dos saberes, mas que é para a vida! Que nosso enfoque não esteja em um saber isolado, mas sim nos saberes integrados que propiciam olhares inovadores.

 

Inspiração texto Rubem Alves - A Arte de Educar

 

*Lúcia Oliveira é Psicopedagoga e Coordenadora pedagógica na Escola Interamérica - Unidade II.

 

 


O PAPEL DO LIVRO NA FORMAÇÃO DO CIDADÃO

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Dia 23 de abril comemora-se o Dia Mundial do Livro. O livro, um objeto enigmático que provoca transformações, ameaça governos autoritários, provoca revoluções. Em muitas nações, ao longo da história, já presenciamos a queima deles.


ROTINA ESCOLAR: Família, escola e estudante, seus papéis nessa complexa teia de formar e ser formado.

ROTINA ESCOLAR: Família, escola e estudante, seus papéis nessa complexa teia de formar e ser formado.

Passados dois anos de muita instabilidade em função da pandemia, nossos estudantes retornaram às aulas presenciais. Voltamos a sentir um clima de certa estabilidade, no entanto, alguns ajustes precisam ser feitos, pois, ao longo do ano de 2020 e parte de 2021, o papel da escola, juntamente com o da família, ficou um tanto difuso, sem delimitação clara, e é de suma importância para o desenvolvimento de bons estudantes que essa delimitação esteja acordada.


O processo educacional em tempos de pandemia

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Diferentes olhares aos diferentes atores que compõem o processo educacional, em tempos de pandemia, se fazem necessários, para que o ensino e a aprendizagem se efetivem ao longo deste contexto.


Rosely Sayão: “Educar é apresentar a vida e não dizer como viver”

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Educar não é fácil, muito menos nos tempos atuais. A sociedade tem passado por muitas transformações, e os pais se veem, tantas vezes, completamente perdidos. É o que evidencia a psicóloga Rosely Sayão em seu recém-lançado livro Educação sem blá-blá-blá (Ed. Três Estrelas, 2016).


Entrada na adolescência

Entrada na adolescência

A entrada na adolescência traz grandes desafios para a família e para os indivíduos. Entendemos, enquanto escola, que é muito importante para as famílias conhecer as principais transformações para que esse período tão importante da vida seja vivido de forma saudável para toda família. O texto a seguir traz contribuições importantes.


“Eu tenho a força!”

“Eu tenho a força!”

Há muito tempo não tinha a oportunidade de fazer uma criança dormir em minha casa. Meu único filho é um jovem adulto e não mora mais conosco... Assim, contento-me em aguardar o dia em que será possível ter meu netinho ocupando seu quarto em minha casa para então poder viver a experiência de cuidar mais de perto de uma criança, e fazê-la dormir, como acontecia com meu filhote.


Diversidade

Diversidade

Pensando na escola como um ambiente onde se reúne a maior diversidade durante um considerável tempo (e não é apenas pelos critérios de afinidades), também como um espaço privilegiado de construção de conhecimento e interação social, chegamos à conclusão de que valores como respeito, empatia, solidariedade, colaboração, ética, dentre outros, não podem ficar fora do que entendemos por “educação integral” dos sujeitos.


Tarefa de casa em família: um momento de aprendizado para todos

Tarefa de casa em família: um momento de aprendizado para todos

Após chegar da escola, é normal que seu filho esteja cansado para realizar as tarefas escolares. É exatamente por isso...


Adolescência em questão

Adolescência em questão

Falta de sono na hora de dormir, sono demais na hora de levantar, preguiça para realização de tarefas de casa, preguiça para leitura, tempo em excesso nos eletrônicos, conflitos com a família, quarto sempre desarrumado. Se você é mãe, pai ou responsável de um pré-adolescente/adolescente, você provavelmente já presenciou pelo menos uma das situações acima. Não se assuste porque a grande maioria desses “sintomas” é natural, porém passageira.


A arte de viver em mundos distintos ao mesmo tempo, tentando conhecer a si mesmo

A arte de viver em mundos distintos ao mesmo tempo, tentando conhecer a si mesmo

Em uma escola, cabe a nós reconhecer os talentos de cada estudante sob nossa responsabilidade. Se buscamos colocá-los todos na mesma fôrma, corremos o risco de enterrar artistas, cientistas, e tantos outros profissionais que poderiam brilhar em um futuro muito mais próximo do que imaginamos. O mundo da nossa consciência privada precisa ser preparado também para respeitar o outro.