Comunicação

ROTINA ESCOLAR: Família, escola e estudante, seus papéis nessa complexa teia de formar e ser formado.

 

 

ROTINA ESCOLAR: Família, escola e estudante, seus papéis nessa complexa teia de formar e ser formado.

 

por Vera Lúcia Wohlgemuth Lobo*

 

Passados dois anos de muita instabilidade em função da pandemia, nossos estudantes retornaram às aulas presenciais. Voltamos a sentir um clima de certa estabilidade, no entanto, alguns ajustes precisam ser feitos, pois, ao longo do ano de 2020 e parte de 2021, o papel da escola, juntamente com o da família, ficou um tanto difuso, sem delimitação clara, e é de suma importância para o desenvolvimento de bons estudantes que essa delimitação esteja acordada.

Restabelecida a rotina diária das aulas, a família deve retomar seu lugar no processo de desenvolvimento escolar e da aprendizagem. Cabe aos pais supervisionar os estudos diários, valorizando e acompanhando o processo de aprendizagem dos(as) filhos(as), garantindo, também, a assiduidade e a pontualidade do estudante.

Com o aluno frequentando diariamente as aulas presenciais, é dever dele acompanhá-las participando ativamente, realizando o que é proposto e tirando as dúvidas com o professor.

O professor, além de planejar atividades desafiadoras, deve manter um olhar atento durante a execução do que foi proposto em classe para que possa detectar e auxiliar o estudante no momento em que a dúvida surge, estimulando a participação dele. Porém, muitas vezes, durante a aula, após a explicação do professor, o estudante consegue realizar adequadamente a atividade proposta, mas ao distanciar-se no tempo e espaço, momento em que será preciso que ele coloque em jogo tudo aquilo que compreendeu, aparecem as dificuldades. Nesse instante, a família deve orientar e pedir ao(à) filho(a) que revise as anotações feitas no caderno ou busque por informações e/ou explicações no livro didático e nos demais registros, assim a autonomia será estimulada. Mas caso a dúvida persista, os pais devem pedir para que anote na agenda ou na própria atividade. Ajude seu(sua) filho(a) a formular as perguntas sobre o que não compreendeu. Aprender a perguntar é um instrumento potente para que o indivíduo siga aprendendo.

Sugerimos que a família crie um espaço adequado para o estudo em casa e defina horários para tal. Valorizar a rotina de estudo diário é o primeiro passo para o sucesso escolar. Além das tarefas de casa, o estudante deve reservar um tempo para rever o que aprendeu durante a permanência na escola.

Outra atitude importante que a família pode desempenhar para auxiliar no bom desempenho acadêmico é a de conversar sobre o que o(a) filho(a) tem estudado durante as aulas. Caso consiga, procure fazer relação entre os estudos de sala com as situações cotidianas. Dessa forma, a família contribuirá para reconhecer a importância do conhecimento, favorecendo para o entendimento e ampliação da aprendizagem dos assuntos que estão sendo debatidos em sala. Se possível, ofereça outras leituras que possam auxiliar o estudante a aprofundar nas questões abordadas.

Lembre-se que quanto mais rico em estímulos for o ambiente da casa, mais relações nossos estudantes farão e, consequentemente, aprenderão mais e melhor e terão mais facilidade na compreensão dos conceitos abordados na escola.

Para incentivar o hábito de ler, os pais devem criar momentos para a leitura de livros, visitar livrarias, estimular leitura de diferentes livros, não se contentar apenas com os títulos propostos pela escola. Leiam junto com seu (sua) filho (a), a leitura melhora o vínculo entre pais e filhos, amplia vocabulário, auxilia no conhecimento de mundo e possibilidade de atuar e de entender diferentes contextos e pontos de vista. A leitura provoca a formação de um cidadão crítico e criativo, logo é papel tanto da escola quanto da família formar este indivíduo leitor.

É de fundamental importância limitar o tempo de tela, tanto de TV quanto dos jogos eletrônicos. Procurem colocar a leitura literária no lugar. No início pode ser um pouco mais difícil, mas quando conseguirem envolvê-los nas aventuras e histórias narradas nos diversos livros, os ganhos na formação serão inúmeros, ampliando os horizontes por toda vida futura.

Uma educação de qualidade se faz num processo de parceria entre escola e família em que os estudantes estão no centro, juntamente com a produção de conhecimento. Sigamos com o sábio ensinamento de um provérbio africano: “É preciso uma aldeia para educar uma criança”.

Que possamos nos unir e caminhar lado a lado oferecendo o melhor para nossos (as) filhos (as) / estudantes!

 

*Vera Lúcia Wohlgemuth Lobo – Diretora Pedagógica

 

 


O PAPEL DO LIVRO NA FORMAÇÃO DO CIDADÃO

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Dia 23 de abril comemora-se o Dia Mundial do Livro. O livro, um objeto enigmático que provoca transformações, ameaça governos autoritários, provoca revoluções. Em muitas nações, ao longo da história, já presenciamos a queima deles.


O processo educacional em tempos de pandemia

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Diferentes olhares aos diferentes atores que compõem o processo educacional, em tempos de pandemia, se fazem necessários, para que o ensino e a aprendizagem se efetivem ao longo deste contexto.


Rosely Sayão: “Educar é apresentar a vida e não dizer como viver”

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Educar não é fácil, muito menos nos tempos atuais. A sociedade tem passado por muitas transformações, e os pais se veem, tantas vezes, completamente perdidos. É o que evidencia a psicóloga Rosely Sayão em seu recém-lançado livro Educação sem blá-blá-blá (Ed. Três Estrelas, 2016).


Entrada na adolescência

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A entrada na adolescência traz grandes desafios para a família e para os indivíduos. Entendemos, enquanto escola, que é muito importante para as famílias conhecer as principais transformações para que esse período tão importante da vida seja vivido de forma saudável para toda família. O texto a seguir traz contribuições importantes.


“Eu tenho a força!”

“Eu tenho a força!”

Há muito tempo não tinha a oportunidade de fazer uma criança dormir em minha casa. Meu único filho é um jovem adulto e não mora mais conosco... Assim, contento-me em aguardar o dia em que será possível ter meu netinho ocupando seu quarto em minha casa para então poder viver a experiência de cuidar mais de perto de uma criança, e fazê-la dormir, como acontecia com meu filhote.


Diversidade

Diversidade

Pensando na escola como um ambiente onde se reúne a maior diversidade durante um considerável tempo (e não é apenas pelos critérios de afinidades), também como um espaço privilegiado de construção de conhecimento e interação social, chegamos à conclusão de que valores como respeito, empatia, solidariedade, colaboração, ética, dentre outros, não podem ficar fora do que entendemos por “educação integral” dos sujeitos.


Tarefa de casa em família: um momento de aprendizado para todos

Tarefa de casa em família: um momento de aprendizado para todos

Após chegar da escola, é normal que seu filho esteja cansado para realizar as tarefas escolares. É exatamente por isso...


Adolescência em questão

Adolescência em questão

Falta de sono na hora de dormir, sono demais na hora de levantar, preguiça para realização de tarefas de casa, preguiça para leitura, tempo em excesso nos eletrônicos, conflitos com a família, quarto sempre desarrumado. Se você é mãe, pai ou responsável de um pré-adolescente/adolescente, você provavelmente já presenciou pelo menos uma das situações acima. Não se assuste porque a grande maioria desses “sintomas” é natural, porém passageira.


Educar - Desafios e Possibilidades

Educar - Desafios e Possibilidades

Me deparei há algum tempo com um texto de Rubem Alves falando sobre a Arte de Educar. E se existe algo que normalmente as pessoas concordam é sobre o grande desafio que envolve esse processo. A Escola Interamérica, ciente de sua responsabilidade enquanto parceira da família e da sociedade, se sente também diariamente desafiada a estudar, aprimorar e qualificar cada vez mais o seu trabalho pedagógico.


A arte de viver em mundos distintos ao mesmo tempo, tentando conhecer a si mesmo

A arte de viver em mundos distintos ao mesmo tempo, tentando conhecer a si mesmo

Em uma escola, cabe a nós reconhecer os talentos de cada estudante sob nossa responsabilidade. Se buscamos colocá-los todos na mesma fôrma, corremos o risco de enterrar artistas, cientistas, e tantos outros profissionais que poderiam brilhar em um futuro muito mais próximo do que imaginamos. O mundo da nossa consciência privada precisa ser preparado também para respeitar o outro.